Pico
.Aventura na Ilha do Pico
Antes de mais, devo dizer que vai ser difícil senão impossível transcrever o dia espectacular que passei, bem como as paisagens e tudo o resto, para não falar da camaradagem, mas vou tentar.
À hora marcada, lá estava o amigo André à espera do barco que me trazia. Depois da apresentação lá seguimos rumo à Madalena, onde nos encontrámos com o grupo que aos poucos se foi juntando. Grupo reunido, estava tudo pronto para a aventura.
As primeiras pedaladas foram dadas e depois de algum tempo a Sónia já ia puxando pelo grupo, que aos poucos se foi dividindo, até que alguém enviou um sms ao Amigo André para reduzir o ritmo.
Passado pouco tempo entrámos no primeiro trilho, um espectáculo com uma paisagem deslumbrante.
O amigo André optou por alternar o trilho com estrada, para assim termos mais prazer pois só por trilho iria ser muito mais difícil. Chegámos a um ponto onde alguém se lembrou de retemperar forças através das barras.
Alguém disse vez aquela casa lá em cima? É ali que temos de chegar, a olho não parecia difícil, a começar pela 1ª subida, que parecia ter pouca inclinação… Parecia, pois quando a iniciámos dei logo pelo erro: mesmo por estrada tinha uma dificuldade elevada, de tal modo que o melhor era seguir em S ocupando a estrada toda.
Depois de algum sofrimento, uma boa notícia o que para mim era impensável aconteceu, uma descida, o ideal para ganhar coragem para a parte a seguir.
Passado pouco tempo uma má noticia, a Sónia (a lebre de serviço) tinha de regressar.
Mais umas barras e lá seguimos, ao nosso ritmo, daqui para a frente o grupo ficou partido de vez em quando lá ia vendo os 3 elementos da frente parecia a volta a França, nos Pirinéus com o líder e os perseguidores.
Parecia que nunca mais chegava lá a cima, olhava e nada de ver o pessoal mesmo depois de parar para tirar fotos e retemperar forças para o final, o sofrimento continuava. Até que o prazer chegou, os tais 1,200 metros de altitude encontravam à minha frente.
Depois de descansar e das fotos da praxe iniciamos a descida. Mesmo com nevoeiro e frio a velocidade aumentava até chegarmos aos trilhos, descida após descida, cada trilho o mais espectacular. Até que o amigo André nos levou ao trilho mais magnífico, todo coberto de vegetação, um trilho de beleza inigualável, ficando em dúvida, pois sempre quis ir até aos 1,200 m de altitude, mas depois destes trilhos fiquei com a impressão que talvez fosse melhor ter ficado cá por baixo. Concentrei-me apenas no prazer que aqueles trilhos me estavam a dar. Trilho após trilho lá estávamos nós na estrada que nos iria levar ao final da nossa aventura.
Depois de ter recuperado forças e como a hora do barco para S. Jorge estava a aproximar-se lá foi o incansável amigo André levar-me, pelo caminho e em passeio lá me ia indicando os trilhos por onde costuma andar e era um número infinito deles. E que inveja sentia, nem o facto de eu gostar muito da serra de Sintra me aliviava…
Feitas as despedidas lá entrei no Barco que me ia levar a S. Jorge, e já com saudade do dia, da terra e dos amigos que deixava, mas com a certeza de um dia voltar, pois tinha sido um dia MUITO BEM PASSADO.